sexta-feira, 14 de setembro de 2012

PESCARIA NA "BOCA DO RIO" MEARIM.

O curso inferior no rio Mearim é rico em pescado, peixes de várias espécies e tamamhos podem, ainda, mesmo que minguando ano a ano, ser encontrados nesse trecho do Mearim. Espécies como o surubim, bagre, gurijuba (peixe que o professor Adenildo está segurando na foto), mandí, mandubé, tubajara, além de peixes escamados como a pescada e a pirapema.
Semanalmente, vários igarités - pequena embarcação típica dessa região - singram o rio em direção a sua foz, para fazer pescaria comercial. Os pescadores chegam a passar até dez dias pescando. Conseguem encher, em média, 12 caixas de pescado por pescaria. Todo esse pescado é vendido em Arari, Vitória do Mearim, ou exportado para a capital do estado, São Luís.
Durante a expedição científica à "Boca do Rio" Mearim, encontrou-se vários pescadores. Conversamos com muitos deles com o intuito de saber mais sobre sua profissão, e depois aproveitamos para comprar peixes que tinha acabado de serem pescados. Os pescadores nos disseram que a quantidade de pescado está menor e o tempo que levam pescando está mais longo, devido a escassez de peixe. Um fato lamentável é que os pescadores ao deixarem o rio, deixam uma grande quantidade de lixo em suas margens.

Escrito por ADENILDO BEZERRA às 10h56
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O PROBLEMA DAS QUEIMADAS NA "BOCA" DO RIO MEARIM.


O fogo foi uma descoberta incrível feita pelo homem no período Neolítico, mas, mal utilizado, causa catástrofes na agricultura, as matas, aos parques ambientais, aos biomas e demais ecossistemas. É um problema que ocorre de forma constante e muitas vezes irresponsável, que requer um combate duro por parte das autoridades. É preciso haver um trabalho intenso e contínuo de sensibilização contra o uso do fogo.
Em verificações feitas in loco na 'Boca" do Rio Mearim, observou-se que as queimadas são um problema sério e que coloca em risco aquele ecossistema. A mata ciliar (vegetação que margeia o rio Mearim) sofre a ação do fogo. Os pecuáristas e os pequenos agricultores da região usam o fogo para prepararem o solo para o plantio de capim e de roças, sem nenhuma orientação técnica de manejo das queimadas.
Infelizmente esse método ainda é largamente usado na limpeza de áreas destinadas à lavouras ou às pastagens. O impacto ambiental que a utilização descontrolada das queimadas causam é de preocupar, pois o fogo é voraz, e quando foge do controle causa estragos sem precedentes. O que é pior: o fogo afeta diretamente a físico-química e a biologia do solo, prejudica a qualidade do ar, provocando assim a desertificação da área. Além de eliminar a bodiversidade. A boca do rio está com seu ecossistema ameaçado, tanto pelas queimadas, quando pela falta de visão de futuro e preservação do homem ribeirinho e das autoridades, principalmente.

Escrito por ADENILDO BEZERRA às 10h35
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08/10/2010


EROSÃO MARGINAL DO RIO MEARIM EM SEU CURSO INFERIOR.

Um problema grave que diagnosticou-se na "boca do rio" Mearim foi o acelerado processo de erosão das suas margens (direita e esquerda). A erosão é o desgaste do solo ocasionado pela água corrente contínua. Por encontrar-se em uma região propícia a ações erosivas, o baixo Mearim, parte do rio próximo a foz, está, continuamente, tendo seus barrancos destruídos. A pororoca, que na "boca do rio" é muito forte, contribue significativamente para o desmoronamento dos barrancos que ladeiam o caudaloso, por enquanto, Mearim. As queimadas irregulares, a criação sem manejo sustentável de búfalos, e o desmatamento da mata ciliar deixam o solo desprotegido, facilitando a erosão marginal do curso inferior do rio Meraim. Em alguns trechos já observa-se voçorocas, um estágio avançado do fenômeno da erosão. A imagem acima é um registro da erosão marginal da "boca do rio".

Escrito por ADENILDO BEZERRA às 20h57
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04/10/2010


ARARI: uma nova fronteira agrícola capitalista.


O solo arariense é classificado como glei-pouco-úmico, um tipo de solo que retém uma boa quantidade de água, favorecendo, desse modo, a produção agrícola. Em épocas passadas, o município de Arari foi um dos maiores produtores de arroz do Estado do Maranhão. Após um período de produção decadente, o município voltou a desenvolver, para fins comerciais, a rizicultura. Hoje Arari é uma próspera fronteira agrícola. Uma fronteira agrícola está relacionada à expansão de onde está a agricultura até onde ela pode ir, pode avançar. É uma faixa que determina o avanço da agricultura (no caso de Arari é o arroz) sobre um bioma ou ecossistema.
O problema do avanço da produção agrícola são os impactos ambientais que ela causa ao solo (desertificação, empobrecimento orgânico, com o fim da produção), ao clima e aos rios, córregos e igarapés. O uso de pesticidas e agrotóxicos também é outro problema que prejudica a fauna, a flora, os recursos hídricos, contaminando a água e matando os peixes por envenenamento e a saúde respiratória da população, haja visto que os grandes campos agrícolas irrigados ficam próximos à povoação urbana e rural. Anualmente em Arari são produzidos, para fins capitalistas, 31.000 kg de arroz por dia, produção esta que vem reafirmando o município como um dos maiores produtores de arroz do Maranhão.

Escrito por ADENILDO BEZERRA às 19h38
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30/09/2010


A CRIAÇÃO DE BÚFALOS E OS SEUS IMPACTOS SÓCIOAMBIENTAIS


A Microrregião da Baixada Maranhense é uma área formada por terras baixas, que, durante o inverno ficam inundadas e lamacentas, um verdadeiro pântano. Esse cenário favoreceu a criação de búfalos que, na década de 1960, foi incentivada pelos governos Federal e Estadual. Tal iniciativa foi feita com o intuito de desenvolver a economia da Baixada, só que, devido a falta de manejo adequado para realizar a criação, essa atividade virou um grande problema, e os animais veem mudando, de forma catastrófica, a paisagem natural da Baixada Maranhense. Além de causar impactos no meio ambiente, a presença do búfalo nos campos inundáveis provoca um grande conflito social. O búfalo destrói tudo por onde ele passa, causando a erosão e a desertificação do solo, polui os lagos e igarapéis, dizimam a fauna ictiológica, pois eles permanecem a maior parte do tempo dentro d'água. Suas fezes e urina matam os peixes e contaminam a água. Inúmeras famílias baixadeiras estão sofrendo com a criação descontrolada do búfalo.

Escrito por ADENILDO BEZERRA às 21h16
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MORADIA TÍPICA DOS POVOADOS RIBEIRINHOS DA "BOCA DO RIO"



O baixo curso do rio Mearim passa por uma região muito baixa, propícia a alagamentos durante o período de cheias. Para se protegerem das inundações do período chuvoso, os moradores ribeirinhos constroem suas habitações de jirau, feito com toras de tucum, carnaúba, palmeira de babaçú ou de juçara. O jirau fica suspenso a uma altura que não seja atingido pelas águas das periódicas inundações. A hibitações são sustentadas por uma substrutura de esteios especiais, com trocos de palmeiras, e as escadinhas servem de ponto de desembarque, quando, durante a cheia, a curiosa moradia insulada, suspensa sobre as águas, só se torna acessível a canoas e igaratés. A imagem da moradia acima foi tirada no povoado Tabocal, um povoado arariense que fica localizado às margens do rio Mearim, próximo a "Boca do Rio".

Escrito por ADENILDO BEZERRA às 10h54
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29/08/2010


"LAGO DA MORTE" NO PERÍODO DE SECA

O "Lago da Morte" durante o período de seca, que vai de julho a dezembro, propicia uma excelente alternativa de lazer e diversão. Faz-se pique-niques, festejos (como a festa do sol) ou simplemente passeios. Abaixo um grupo de jovens jogam futebol no macio "tapete" verde natural, feito de capim-de-marreca. É comum também nesse período desenvolver-se a pecuária extensiva. Criadores locais soltam cavalos e bois para pastarem na planície que forma o lendário e exuberante "Lago da Morte". A pecuária não é muito favorável à preservação desse Patrimônio Natural arariense, assim como a presença constante de pessoas, pois muitas delas, de forma mal-educada, deixam lixo espalhados por todo lado. Faz-se necessário um trabalho de proteção e sensibilização ambiental, com o intuito de mantermos esse exuberante local para a posteridade. Afinal, exuberância e riqueza natural ainda fazem parte desse pedaço de chão divino.


Escrito por ADENILDO BEZERRA às 21h18
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20/07/2010


LAGO DA MORTE DURANTE O PERÍODO DE CHEIA.


Lago da Morte durante o período de cheia, que vai de dezembro a junho. Na verdade o lago é uma planície localizada em um campo baixo, que fica inundada no período "invernoso", que dura 6 meses, e, seca no período de estiagem, de julho a novembro. Nesse período, fica coberto por um belissimo "tapete" verde, ou seja, coberto com capim-de-marreca. O que propicia o lazer e também serve de pastagem para a pecuária extensiva, uma ameaça a esse berçário natural. É lindo e emocionante observar a revoada de aves que migram para esse Patrimônio Natural de Arari.

Escrito por ADENILDO BEZERRA às 16h11
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19/07/2010


IGARAPÉ DO NEMA, PRÓXIMO ÀS RUÍNAS DA BARRAGEM.


O Igarapé do Nema no passado foi um dos igarapés mais piscosos de Arari, hoje está praticamente assoreado, sua mata ciliar bastante desmatada, e sofre constante agressão, sobretudo devido a agropecuária realizada ás suas margens. A quantidade de peixes é ínfima. Na parte de corta a sede do município observa-se um cenário de poluição intensa, o crescimento desordenado da cidade, com a criação de bairros às margens do Nema, é uma ameaça visível ao futuro do igarapé. Um enorme esgoto urbano tem suas águas poluidas lançadas no Igarapé Nema, causando sua morte dia após dia. Lamentável!

Escrito por ADENILDO BEZERRA às 17h28
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LAGO ARARI-AÇÚ


Lago do Arari-Açú, um dos lagos mais piscosos do município. Localizado no povoado de mesmo nome, abastece a zona urbana do município com peixes típicos na nossa fauna ictiológica, como o capadinho, traíra, bodó, branquinha, curimatá, aracú, carambanja, etc. A palavra açú é de origem indígena e significa grande, fazendo jús ao nome do lago.


Escrito por ADENILDO BEZERRA às 17h15
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27/06/2010


ARARI: localização, origem e aspectos geográficos.


O município de Arari, localizado no estado do Maranhão, originou-se do município de Vitória do Mearim. Sua emancipação política se deu em 27 de junho de 1864. Seu primeiro administrador foi o tenente-coronel José Antonio Fernandes, que era o presidente da câmara de vereadores municipal, devido tal cargo o tenente-coronel teve o privilégio de ser o primeiro administrador do município de Arari. Entretanto, o curado de Arari foi fundado em 1723 pelo Pe. José da Cunha D'éça, que a meu ver, foi o fundador de Arari sim. Pois se o Padre da Cunha D'éça não tivesse fundado a primeira "povoação", será que Arari teria realmente surgido?
Arari localiza-se no estado do Maranhão na mesorregião Norte, dentro da microrregião da Baixada Maranhense. Limita-se com os municípios de Vitória do Mearim, Miranda do Norte, Viana, Anajatuba e Matões do Norte. Sua área teritorial é de 1100 km2. Possui uma população total de 28.783 (IBGE, 2009) habitantes e uma densidade demográfica de 26,1 hab/km2, portanto, é um território bem povoado. O clima predominate é o tropical quente e úmido, com um período chuvoso e outro seco bem definidos. É o 47º município maranhense com melhor qualidade de vida, posuindo um IDH de 6, 465. O comércio foi a atividade do setor terciário da economia que mais se desenvolveu nas últimas décadas, com destaque para para a venda de medicamentos, confecções, peças e acessórios para motocicletas e de frutas e verduras (sacolões). A sede do minicípio conta, desde 2009, com uma torre de celular e conta com disponibilidade de acesso à internet através da oi velox. As lan houses contribuiram com a inclusão digital dos ararienses, por elas vários cidadãos podem acessar o rede mundial de computadores.
O nome Arari é originátio do Pará, provavelmente pessoas oriundas de uma região paraense chamada de Cachoeira do Arari, próxima ao Lago Arari, vieram para a região onde hoje fica o território arariense e deram-lhe o de Arari. Etimologicamente, ara'ri signifaca arara pequena, e é uma palavra indigena. Em relação a origem do nome arari existem inúmeras hipóteses, porém, optei pela importação do nome do estado do Pará. O relevo arariense é plano, grande parte do território torna-se uma planície algadiça no período chuvoso, que vai de dezembro a junho. Logo sua altitude é de 7 m em relação ao nível do mar. Suas áreas mais elevadas não são superiores a 50 m de altitude. A formação geológica do terriório é de origem sedimentar, devido essa formação, em solo arariense existe gás natural, tal combustível fóssil foi encontrado pela PETROBRÁS, na década de 1960, no povoado Curral da Igreja.
Em Arari encontra-se uma variedade de belezas naturais. Entre as belezas naturais temos: o fenômeno da pororoca no rio Mearim, que banha o município; o Lago da Morte que fica localizado a 5 km da sede do município, e é na verdade uma grande planície que durante o período das chuvas fica inundada e durante o verão transforma-se em uma grande planície que propicia lazer aos visitantes; os campos alagados, verdadeiros berçários naturias e uma paisagem exuberante de se ver e contemplar; os lagos perenes, mais de quarenta, que ampliam nosso potencial hídrico, além de serem piscosos, aos quais destacam-se: Escondido, Peixe, Almas, Fumo, Pintos, Palmeiral, Capivara, Arari-Açú, etc. e os igarapés, dentre eles o igarapé do Nema, que corta a sede do município, Arari, João de Matos, garrote, próximo à foz do rio Mearim, etc. O que Arari tem de melhor, sem dúvida é a sua gente. Gente humilde, nobre, hopitaleira e divertida. Um povo que adora cerveja, oxalá se Arari não é um dos maiores consumidores do Estado do Maranhão. Considerada como "Atenas Maranhense", por ser um povo tradicionalmente culto. Grandes ararienses se destacaram e ainda se destacam no cenário cultural, literário, científico musical, artístico, etc. A nossa produção literária ainda é ativa. Nas artes plásticas e cênicas estamos sempre em destaque em âmbito estadual. O surf na pororoca e o festival da melancia colocaram Arari na mídia nacional e internacional. Em se tratando de festejos religiosos, o festejo de Nossa Senhora da Graça e o festejo de Bom Jesus dos Aflitos são um dos mais antigos e conhecidos do Maranhão.

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