sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Uema realiza estudo para alavancar a cadeia produtiva da bubalinocultura no Maranhão


O foco da pesquisa são as condições sanitárias e reprodutivas do rebanho bubalino da Baixada Maranhense, a partir do diagnóstico de enfermidades como brucelose, tuberculose e diarreia viral bovina – responsáveis pela morte de muitos animais. Com o controle dessas doenças, visa-se o crescimento da bubalinocultura no Estado, conforme o autor e coordenador geral do projeto, professor Helder de Moraes Pereira, do Curso de Medicina Veterinária, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).
Búfalos da Baixada Maranhense

Segundo Helder Pereira, as atividades do “Projeto Sanidade e reprodução de búfalos (Bubalus bubalis, var. BUBALIS-LINNEUS, 1758) em rebanhos da Baixada Maranhense – Ma-Brasil” já foram iniciadas com duas dissertações de mestrado e dois trabalhos de iniciação científica sobre tuberculose, desenvolvidos por alunos da Uema, no Laboratório de Imunodiagnóstico da Instituição, onde estão sendo realizadas técnicas de diagnóstico de algumas enfermidades que afetam esses animais.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), o projeto conta também com a participação de pesquisadores das Universidades Federais do Maranhão (UFMA) e Rural de Pernambuco (UFRPE), além de técnicos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged/Ma) e estudantes das três IES envolvidas.

Com prazo de conclusão datado para 2014, os estudos estão sendo concentrados nos municípios que compõem as regionais de Viana e Pinheiro, onde a população bubalina é mais expressiva. “Outro fator determinante para escolha daquela área foi a constatação, a partir de várias visitas feitas à região, de uma fragilidade muito grande no manejo sanitário e reprodutivo do rebanho”, explicou o médico veterinário Helder.

Sanar as deficiências que permeiam a bubalinocultura praticada naqueles municípios, munindo os criadores de ferramentas acessíveis para alavancar a produção, é a síntese do que se espera desse projeto. A partir dele, será possível estabelecer um cronograma de manejo sanitário do rebanho, melhorar a genética dos animais e, consequentemente, impulsionar a cadeia produtiva – o que é ótimo para o produtor. Quanto ao consumidor, ele também será beneficiado, já que poderá adquirir carne, leite e derivados de melhor qualidade.

Com objetivos bem definidos e uma equipe de profissionais especializados, o projeto tem tudo para dar certo. É nisso que aposta Helder Pereira, o qual aponta a adoção de uma série de ações preventivas no controle sanitário, executadas por uma rede de pesquisa entre Universidades, como elementos propulsores do desenvolvimento da bubalinocultura. “Ações essas que se efetivarão, fundamentalmente, por meio de um trabalho de educação continuada, enfocando os aspectos sanitários e reprodutivos, bem como a possibilidade de ganhos na criação desses animais”, arrematou.

Sobre a bubalinocultura – A criação de búfalos é uma atividade desenvolvida há milhares de anos em praticamente toda a Ásia - detentora de quase a totalidade do rebanho bubalino mundial (com cerca de 150 milhões de cabeças, representando aproximadamente 97% do total mundial).

No Brasil, a bubalinocultura tem se destacado, registrando crescimento de 12% ao ano, segundo dados da Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos (ABCB). Os registros desta mostram também que esses animais foram introduzidos no país no final do século XIX, mas só ganharam projeção durante as últimas décadas.

Atualmente, a concentração de búfalos está localizada na região Norte, porém a criação vem se ampliando nas demais regiões. O Maranhão, por exemplo, possui o maior rebanho da região Nordeste e o terceiro maior do país, com cerca de 80.000 búfalos, criados principalmente nos municípios que compõem a Baixada Maranhense, com destaque para Pinheiro, Viana, Cajari e Penalva.

Lugar: Uema - São Luís
Fonte: ASCOM - Ivone Pavão
Data do Cadastro: 27/10/2011

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